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A revolução silenciosa da Cloud Computing


A Computação em Nuvem (cloud computing) envolve o armazenamento e processamento remoto de informações, interligadas através da infraestrutura e serviços da internet. O termo nuvem deriva da irrelevância sobre o local onde estão mantidas e são processados estes dados (ficam em servidores on-line, ao invés do disco rígido de seu computador). A revolução tecnológica deste moderno modelo de computação decorre das diversas vantagens, quando comparadas com a manutenção local de suas informações, tais como aplicativos sem instalação, menor custo, facilidade na sincronização de dados, maior segurança (integridade) e mobilidade (onipresença).

Conversando com inúmeras pessoas sobre esta revolução na tecnologia da informação, percebo que a maioria ainda não esta ao par deste conceito, e isto é uma pena para a produtividade. Como a proposta deste site é divulgar assuntos que afetam o dia-a-dia empresarial e pessoal, acrescentei este post para esclarecer o básico e comentar algumas aplicações.

 

Na arquitetura de um sistema de computação em nuvens não é necessário profundos conhecimentos técnicos por parte dos usuários, sendo possível para estes acessarem suas informações a partir de qualquer computador (desktop, notebook, netbook, tablet ou smartphone) em qualquer lugar, independente da plataforma de sua preferência (Windows, iOS, Android, Linux, etc..). Entre as empresas líderes desta tecnologia (principais players), estão gigantes como Microsoft, HP, IBM, Amazon, Google e Sales Force.

Características: Em síntese, de acordo com o Gartner, reputada consultoria especializada em tecnologia da informação, são cinco os atributos essenciais para caracterizar o conceito de computação nas nuvens:

  1. Oferta de recursos (software, infra-estrutura ou plataforma) na forma de serviços;

  2. Elasticidade e flexibilidade de escala adequada à demanda dos clientes, possibilitando atender picos de demanda ou ampliar capacidade computacional conforme a necessidade;

  3. Compartilhamento de recursos entre um grande número de usuários;

  4. Medição e pagamento de acordo com a utilização do serviço;

  5. Uso de protocolos e tecnologias da internet para acesso remoto aos recursos da nuvem em qualquer lugar do planeta.

Em termos de aplicações, neste post destaco quatro aplicações que já estão bem consolidadas:

Sales Force: Inúmeras empresas usuárias estão investindo em soluções CRM (Costumer Relationship Management) para prover informações comerciais on-line para sua força de vendas (tanto pessoal interno como representantes em campo), possibilitando-os capturar e processar com agilidade e confiabilidade dados cadastrais e reportes dos contatos com os clientes, efetivamente auxiliando o processo comercial. Até aqui - nada de novo - no entanto a inovação e o sucesso impressionante do Sales Force decorre de seu modelo de negócio, conhecido como SaaS (Software as a Service). Neste modelo, ao invés de comprarmos o software imobilizando capital como ativo, contratamos a solução como um serviço e dimensionamos a infraestrutura requerida conforme a necessidade daquele momento, oferecendo maior flexibilidade com menores gastos fixos. Existe, também, uma vantagem contábil, pois o serviço neste caso é contabilizado como despesa no mês, reduzindo o lucro tributável. Neste modelo todos ganham, e os riscos são reduzidos, porque a empresa pode desativar este serviço caso esteja com restrições pontuais em seu fluxo de caixa.

Google Mail: Quem disse que precisamos manter nossos contatos, correspondencias (e-mails) e compromissos em nosso computador local? Alias, quantos de nós já perderam todos os seus dados porque o arquivo do outlook foi corrompido? Localmente, o risco de perder tudo é muito maior, e é ainda mais perigoso para aqueles que não mantém uma disciplina de backups.

Outrora - quando os computadores estavam desconectados dos demais - não havia alternativa, no entanto a internet, sua disponibilidade e a largura de banda evoluíram e hoje estamos conectados via bluetooth, Wi-Fi e 3G. Nesta nova realidade, surge uma empresa como a Google, com certeza muito mais competente do que um usuário comum, leigo em termos de segurança e integridade da informação, oferecendo gratuitamente uma solução completa, que evolui continuamente. Esta alternativa possibilita, ainda, sincronização de nossas informações entre nossos desktops, notebooks, tablets e smartphones.

Google Docs: Processadores de texto convencionais (como o consagrado Word 2010 da Microsoft) ainda são mono-usuário, enquanto que a solução em nuvens oferecida pela Google possibilita edição colaborativa, e sem custo. Alias, ainda não entendi porque devo adquirir a versão integral do Word 2010, e não apenas o upgrade da minha versão 2007, mas também não chega a ser problema, porque as melhorias deste produto não justificam a troca, e os aplicativos da Google parecem nos atender melhor, sem custo de aquisição ou upgrade. Se você ainda não experimentou o Google Docs, não perca tempo!

Gantter: Chega de pagar licenças para que os membros das equipes de seus projetos possam colaborar na edição das atividades e no controle do seu progresso das tarefas. O Gantter é uma solução gratuíta aproveita o Google Chrome para produzir (como uma extensão deste navegador) e o Google Docs para compartilhar cronogramas aos membros do time (se desejar visualizar algumas telas, disponibilizei alguns slides na sessão de downloads deste site).

Entre seus principais benefícios do Gantter, vale destacar:

• Você poderá produzir cronogramas sem adquirir softwares (open source).

• Será capaz de importa e exportar arquivos no formato MS-Project (padrão do mercado).

• Perceberá que possui uma interface bem amigável para uso.

• Está disponível na língua portuguesa (do Brasil), e em outras 10 línguas.

• Está integrado com o Google Docs, permitindo compartilharmos arquivos via internet.

• Possibilita a exportação dos marcos (milestones) do projeto para seu Google Calendars.

Por que ainda não estamos nas nuvens?

Provavelmente você esta se perguntando por que as pessoas e empresas ainda insistem em manter o ultrapassado modelo cliente-servidor ou stand-alone? Vejamos algumas justificativas:

a) Segurança: Naturalmente, preocupações com a confidencialidade de informações coorporativas vão pesar em alguns ambientes corporativos, no entanto - ponderando as vantagens - fica fácil perceber que o velho paradigma do computador local (stand alone) estará completamente superado muito em breve. Para as informações confidenciais em ambientes empresariais provavelmente este processo de transição será muito mais lento, pois sua viabilidade dependerá de maior controle, mas o Sales Force já demonstra que é possível compartilhar informação em campo. Concordo com meu colega Johnny Cantarelli, que não encara as questões de segurança como um grande obstáculo, porque a "cloud" pode ser implementada como uma nuvem privada. Mesmo assim, aplicações empresariais críticas não devem mesmo ir para nuvens públicas tão cedo, pois existe um enorme legado de sistemas nas empresas que não está na web (portando não é elegível para as nuvens) e talvez nunca esteja.

b) Infra-estrutura: A segunda justificativa é que ainda faltam aplicações nesta filosofia de aplicativos sem instalação, no entanto vem ai o protocolo HTML5 para construção de paginas na web. Seus principais recursos serão a reprodução de vídeo e áudio, jogos e demais aplicativos sem plug-ins, o pior cenário para o Flash da Adobe, e uma boa razão pela qual a Apple não o incluiu no iPad. Neste aspecto, creio que o argumento matador será mesmo o Custo Total de Propriedade (TCO), que gradativamente provocará uma migração natural das aplicações para as nuvens.

c) Seguidores tardios: A última justificativa que encontro é o simples desconhecimento que a maioria das pessoas ainda tem desta revolução tecnológica da computação em nuvens, de forma que esperamos reverter isto tudo muito em breve.

Enfim, minha mensagem final é que "Experimentar é o caminho para a mudança".

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